A Evolução da Petroquímica Brasileira: Uma Jornada Tecnológica e Interligada
A indústria petroquímica é altamente produtiva e interligada com outros setores econômicos, fornecendo uma ampla gama de insumos, tais como fertilizantes, plásticos, fibras químicas, tintas, corantes, elastômeros, adesivos, solventes, tensoativos, gases industriais, detergentes, inseticidas, fungicidas, herbicidas, bernicidas, pesticidas, explosivos, produtos farmacêuticos, entre outros.
Além de ser altamente tecnológica, passando todos os dias por uma evolução com o desenvolvimento constante de novos processos e derivados. São milhares de produtos produzidos por este segmento, o que exige altos investimentos de capital, além de acumular uma forte automação e significativos recursos imobilizados.
Neste artigo, abordaremos a história da petroquímica brasileira até os dias atuais, focando em acontecimentos importantes que acompanharam a evolução da sua história.
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Histórico da evolução da Petroquímica Brasileira
Nas últimas décadas a indústria petroquímica brasileira passou por uma evolução significativa. A história dessa indústria no país remonta ao século XX, quando começaram a ser desenvolvidos os primeiros projetos de produção de petroquímicos.
Inicialmente, petroquímica brasileira se concentrava principalmente na produção de matérias-primas básicas, como eteno, propeno e benzeno, que são utilizadas na fabricação de uma ampla gama de produtos químicos e plásticos. Com o passar do tempo, houve um crescimento do setor e a diversificação da produção, incorporando outros produtos intermediários e finais.
1980
A partir da década de 1980, o Brasil começou a investir em projetos de ampliação e modernização de suas plantas petroquímicas, visando aumentar a capacidade de produção e melhorar a eficiência operacional. Esse período foi marcado pelo desenvolvimento de tecnologias avançadas e pela entrada de novos players no mercado.
1990
Na década de 1990, a indústria petroquímica brasileira enfrentou desafios, como a abertura do mercado e a concorrência com produtos importados. Para enfrentar essa realidade, as empresas do setor investiram em inovação tecnológica, processos mais eficientes e diversificação de produtos, buscando maior competitividade.
Século XXI
No século XXI, a indústria petroquímica brasileira continuou a se desenvolver, com investimentos em novas plantas industriais e expansão da capacidade produtiva. Houve um aumento na produção de resinas plásticas, fertilizantes, solventes, produtos químicos para a indústria de cosméticos, entre outros.
A sustentabilidade na Petroquímica Brasileira
A evolução da sustentabilidade e a preocupação com o meio ambiente têm se tornado temas cada vez mais relevantes na indústria petroquímica brasileira. Nos últimos anos, as empresas do setor têm buscado adotar práticas mais sustentáveis em suas operações, visando reduzir o impacto ambiental e promover a responsabilidade social.
Uma das principais áreas de foco tem sido a redução das emissões de gases de efeito estufa. As empresas têm implementado medidas para minimizar a pegada de carbono, seja por meio de melhorias nos processos produtivos, adoção de fontes de energia mais limpas ou implementação de projetos de compensação de carbono.
Além disso, a indústria petroquímica tem investido em tecnologias mais eficientes para o tratamento de efluentes líquidos e emissões atmosféricas. A preocupação com a qualidade da água e do ar tem levado as empresas a adotarem sistemas de monitoramento e controle mais avançados, visando atender às regulamentações ambientais e reduzir o impacto das suas atividades.
Outro aspecto importante é a gestão adequada dos resíduos gerados durante os processos produtivos. As empresas têm buscado soluções de reciclagem, reutilização e disposição adequada dos resíduos, com o objetivo de minimizar o impacto ambiental e contribuir para a economia circular.
A busca por produtos mais sustentáveis também tem sido uma tendência na indústria petroquímica. As empresas têm investido em pesquisa e desenvolvimento para criar materiais mais eco eficientes, com menor impacto ambiental ao longo de seu ciclo de vida. Isso inclui o desenvolvimento de plásticos biodegradáveis, polímeros de fontes renováveis e produtos químicos mais seguros para o meio ambiente.
Além das ações individuais das empresas, o setor petroquímico brasileiro também tem se envolvido em iniciativas coletivas. Por exemplo, associações e fóruns têm sido estabelecidos para promover a troca de conhecimentos, desenvolvimento de melhores práticas e o estabelecimento de padrões mais sustentáveis na indústria.
Essas ações refletem uma evolução significativa da indústria petroquímica brasileira em relação à sustentabilidade e à preocupação com o meio ambiente. As empresas estão cada vez mais conscientes da importância de equilibrar o crescimento econômico com a proteção ambiental, buscando soluções inovadoras e adotando práticas sustentáveis em toda a cadeia produtiva.
O surgimento do Primeiro Polo Petroquímico
Os polos petroquímicos são áreas industriais específicas onde se concentram diversas empresas relacionadas à produção petroquímica. Eles são estrategicamente estabelecidos para aproveitar sinergias na cadeia produtiva e promover o desenvolvimento do setor.
O surgimento dos polos está diretamente ligado à expansão da indústria petroquímica em determinadas regiões. Geralmente, essas áreas são selecionadas levando em consideração fatores como a disponibilidade de matérias-primas, acesso a infraestrutura de transporte, proximidade de mercados consumidores e incentivos governamentais.
Eles são projetados para facilitar a interconexão entre as empresas do setor, permitindo o compartilhamento de recursos, infraestrutura e serviços. Essa proximidade geográfica favorece a redução de custos logísticos, o aumento da eficiência e a criação de um ambiente propício para a inovação e o desenvolvimento de novas soluções.
Essas áreas industriais costumam abrigar uma variedade de empresas petroquímicas, desde grandes players globais até pequenas e médias empresas especializadas em produtos químicos e plásticos. Cada empresa desempenha um papel específico na cadeia de produção, criando uma interdependência que impulsiona o crescimento e a competitividade do setor.
Os polos petroquímicos são importantes impulsionadores econômicos nas regiões onde estão localizados. Eles geram empregos diretos e indiretos, atraem investimentos e contribuem para o desenvolvimento socioeconômico local. Além disso, essas áreas industriais também promovem a integração com outros setores da economia, como logística, serviços e fornecedores de insumos.
A crise do petróleo
Durante as crises do petróleo em 1979/80 e dos juros em 1981, o Brasil estava em pleno desenvolvimento de seus grandes programas de desenvolvimento quando a recessão atingiu o mercado. Infelizmente, os produtos petroquímicos, incluindo termoplásticos e borrachas sintéticas, tiveram um consumo aparente no Brasil abaixo do esperado, o que resultou em um atraso no lançamento deste último complexo industrial.
Para lidar com a superoferta de petroquímicos no momento da entrada em operação do III Polo em 1982, a entrada no mercado de exportação de petroquímicos foi a solução encontrada com resultados positivos.
Em 1986, com o Plano Cruzado, o mercado interno se recuperou e a demanda tornou-se repentinamente muito maior do que a capacidade produtiva das empresas.
Até o início de 1990, as condições continuaram favoráveis à indústria petroquímica, tanto no Brasil quanto no exterior. Durante esse período, várias empresas planejaram expansões e construções de novas unidades, incluindo o importante projeto do Polo Petroquímico do Rio de Janeiro.
Em 1990, uma coincidência desastrosa ocorreu com a recessão econômica e a expansão excessiva da capacidade de produção da indústria petroquímica mundial, com a entrada em operação das petroquímicas asiáticas, resultando em uma queda nos preços.
Apenas em 1993 os mercados começaram a mostrar sinais de recuperação, mas foi somente com a implementação do Plano Real em junho de 1994 que a recuperação se consolidou. Isso permitiu que projetos anteriormente suspensos pudessem ser retomados e novos empreendimentos fossem desenvolvidos. Entre os projetos notáveis estão a duplicação da COPESUL, a criação do Polo Gás Químico no Rio de Janeiro e a construção do Polo Petroquímico em Paulínea.
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A privatização do setor químico
A privatização do setor petroquímico ocorre quando o governo decide vender empresas públicas que atuam na produção de produtos químicos derivados do petróleo para o setor privado. Essa medida tem sido adotada em vários países ao redor do mundo com o objetivo de aumentar a eficiência e a competitividade do setor, além de reduzir a intervenção estatal na economia.
A privatização gerou críticas e elogios. Alguns argumentam que a medida aumentou a eficiência e a competitividade das empresas privatizadas, melhorando a qualidade dos produtos e reduzindo os custos de produção. Outros, no entanto, acreditam que a privatização resultou em demissões e precarização do trabalho, além de colocar em risco a segurança nacional ao permitir que empresas estrangeiras controlem um setor considerado estratégico.
Elekeiroz e seu papel fundamental na Indústria Petroquímica Brasileira
Há 128 anos a Elekeiroz está presente na indústria petroquímica brasileira, sendo a mais longeva companhia química do País. Desde então, desempenha um papel importante na evolução do setor com contribuições significativamente para o desenvolvimento da cadeia produtiva petroquímica no Brasil.
Ao longo de sua trajetória, a Elekeiroz investiu em tecnologia e inovação para expandir suas operações e diversificar sua linha de produtos. A empresa tem se destacado na produção de químicos e intermediários petroquímicos, fornecendo matérias-primas essenciais para diversos setores industriais.
Além disso, a Elekeiroz tem buscado atender às demandas do mercado, adaptando-se às mudanças e necessidades dos clientes. Com suas unidades de produção e laboratórios de pesquisa e desenvolvimento, a empresa tem investido em processos mais eficientes e modernos e em soluções sustentáveis.
Elekeiroz: O maior portfólio de intermediários químicos da América Latina
A Elekeiroz é responsável pela produção dos intermediários químicos, ou seja, compostos utilizados na rota de produção de outro produto químico. Suas soluções compõem a cadeia de fabricação de inúmeros itens fundamentais à vida moderna e ao conforto das pessoas no mundo todo. Conheça cada um deles e os mercados aos quais se destinam:
Plastificantes: Aditivos que conferem flexibilidade a outros materiais. Com este produto químico, é possível fabricar tintas e vernizes, colas, revestimento de fios e cabos, calçados de plástico, piscinas de vinil, pisos vinílicos, mangueiras, laminados, brinquedos, entre outros.
Plastificantes vegetais: Com o objetivo de oferecer ao mercado e à sociedade alternativas cada vez mais sustentáveis, a Elekeiroz criou a partir de pesquisas, desenvolvimento e inovação a linha Ekoflex, de plastificantes vegetais. A entrada deste produto, feito com matérias-primas renováveis, veio deixar o portfólio da Elekeiroz mais “verde”.
Anidridos: Os anidridos orgânicos são produzidos de maneira integrada na companhia e são destinados a diversos mercados como tintas, coatings e construção.
Ácido Sulfúrico e Enxofre: O ácido sulfúrico é uma solução aquosa de sulfato de hidrogênio amplamente usada pela indústria em diversos segmentos. O enxofre é a base para a fabricação do sulfúrico e é essencial na cadeia química para a produção de diversos outros itens.
Formal e CUF: A Elekeiroz produz o Formol e o Concentrado de Ureia-Formol (CUF), que possuem aplicações em diversos setores da indústria química.
Oxo-álcoois: Os Oxo-álcoois são essenciais para diversos segmentos como tintas e superfícies, construção civil, agroquímica e mineração, além das aplicações em cosméticos, roupas e calçados.
Resinas Poliéster Insaturadas: A Elekeiroz possui diferentes linhas de resinas poliéster insaturadas utilizadas em diversos mercados e aplicações como construção civil, indústria automotiva, naval e elétrica, entre outros.
Utilidades Industriais: A Elekeiroz produz e fornece hidrogênio e dióxido de carbono para processos industriais, incluindo o hidrogênio de baixa emissão de CO2.
Elekeiroz: A evolução continua
A Elekeiroz busca um papel ativo no ecossistema de empresas e iniciativas que contribuem para o avanço da indústria petroquímica brasileira como um todo, impulsionando a inovação, o compartilhamento de conhecimento e o desenvolvimento de novas tecnologias. Por isso, é associada e apoiadora de instituições e associações do segmento, bem como estabelece parcerias com universidades e centros de pesquisa para explorar oportunidades de evoluir os seus produtos e criar novas soluções.
Em 2021, a companhia lança seu programa ESG começando com a avaliação dos compromissos socioambientais e de governança, assim como seu desempenho até o momento. Reuniu suas práticas socioambientais já existentes, dando tração a metas mais avançadas, sem abrir mão de rigorosa governança, optando por uma jornada séria, criteriosa e consistente. Em 2023 chega a 129 anos de existência, orgulhosa de sua contribuição com o progresso do segmento químico e apostando em um crescimento pautado pelo respeito ao planeta e a toda sociedade.
Dessa forma, a Elekeiroz se encaixa na evolução da indústria petroquímica brasileira como uma empresa que, ao longo do tempo, tem investido em crescimento, diversificação, inovação e sustentabilidade, contribuindo para fortalecer o setor e fornecer soluções químicas para diferentes segmentos da economia.
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Situação atual das centrais petroquímicas brasileiras
Atualmente, a indústria petroquímica brasileira é um setor importante da economia, fornecendo matérias-primas e produtos essenciais para diversos segmentos industriais. O Brasil possui uma cadeia produtiva diversificada, com empresas que atuam em diferentes etapas do processo de produção petroquímica, assim como o Grupo OCQ que hoje é um dos maiores grupos de alavancagem de empresas do setor químico e petroquímico da América Latina.
Conta com 20 empresas incorporadas em sua estrutura atualmente, são pioneiros, líderes e empreendedores, além disso estão presentes em todas as regiões do Brasil, além de terem operação na Argentina, Estados Unidos e Europa.
Contudo, a evolução da indústria petroquímica brasileira é um reflexo do desenvolvimento tecnológico, da busca por eficiência e competitividade, além da necessidade de atender às demandas de um mercado em constante transformação.
E apesar dos desafios, o setor petroquímico brasileiro ainda é considerado estratégico para a economia do país, com um papel fundamental na produção de insumos para diversos setores, como o automotivo, o de construção civil e o de embalagens. As centrais petroquímicas brasileiras têm potencial para retomar o crescimento e aumentar a competitividade, com investimentos em tecnologia, infraestrutura e inovação.
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